Mitos & Verdades sobre o Glúten e Lactose - Parte 3

MITO: retirar glúten e lactose da dieta NÃO emagrece!

Só devem ser restringidos no caso de alergia ou intolerância ao glúten ou lactose.
" Não há evidências científicas comprovando que a retirada do glúten ou da lactose da alimentação promova a perda de peso. A perda de peso depende diretamente da interação entre o consumo e o gasto calórico. O emagrecimento vai depender da redução da ingestão calórica dos alimentos e da prática de exercícios físicos (Gasto energético), promovendo o balanço energético negativo.
A maior preocupação em substituir os alimentos ricos em glúten ou lactose é a prevenção e o tratamento das  alergias e intolerâncias alimentares diagnosticadas em pessoas portadoras destes distúrbios, amenizando os sintomas. O teor de calorias contida nos alimentos substitutos do trigo, aveia, centeio e cevada não é menor, são similares, portanto, não promovem redução calórica na preparação, não auxiliando no emagrecimento. "
Dietas sem glúten e lactose emagrecem?
O glúten e a lactose têm sido alvos de polêmicas e " terrorismo alimentar ", em relação a sua restrição na alimentação e dietas para  emagrecer. Eles estão entre os " mocinhos ou vilões ", são necessários ou não ao nosso orgsanismo, engordam ou emagrecem, são saudáveis ou fazem mal à saúde? Antes de adotarmos qualquer restrição ou substituição destes nutrientes precisamos entender o que é sensibilidade ao glúten ou intolerância à lactose.
Qual a diferença entre alergia e intolerância?
De acordo com as definições do  CBAA - Consenso Brasileiro de Alergia Alimentar (2007) nas alergias alimentares o sistema imunológico reage aos alimentos produzindo anticorpos, induzindo os mastócitos na liberação de histamina, responsável pelos sintomas alérgicos. Pode ser devido uma herança genética, hábitos alimentares, doenças infecciosas ou  idade. A intolerância alimentar é um processo fisiológico ou metabólico que não envolve a interação anticorpos com a substãncia estranha ao organismo (o antígeno), por ser de origem funcional ou causado por algumas doenças (diverticulites, mucosa do TGI irritada, doença celíaca, entre outras).
SENSIBILIDADE AO GLUTEN X DOENÇA CELÍACA
A doença celíaca é um distúrbio inflamatório crônico do intestino delgado que afeta 1% da população. Ocorre uma resposta imunológica mais intensa ao glúten ingerido presente no trigo, aveia, cevada e centeio. O tratamento é a restrição total do glúten da alimentação não consumindo os alimentos que o contém e seus derivados.
Em 2012 foi proposto uma nova nomenclatura e classificação, envolvendo três sintomas clínicos induzidos pelo glúten; definindo a alergia ao trigo, a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten (não celíaca).
A alergia ao trigo é definida como uma reação imunológica adversa às proteínas do trigo mediada por IgE (podendo ocorrer sintomas respiratórios, a “asma do padeiro” ou rinite, mais comum em adultos).
Na alergia alimentar  e urticária de contato. os testes para alergia ao trigo incluem dosagem sérica de IgE ou testes cutâneos para o trigo. (podem surgir sintomas gastrintestinais, urticária, angioedema ou dermatite atópica; principalmente em crianças)
A sensibilidade ao glúten não celíaca é uma forma de intolerância ao glúten quando a doença celíaca e a alergia ao trigo foram excluídas no diagnóstico. Ela se apresenta principalmente com desconforto abdominal, distensão abdominal, dor e diarréia ou a uma variedade de sintomas como dores de cabeça, “mente nebulosa”, depressão, fadiga, dores músculo esqueléticas e erupções cutâneas.
QUAIS ALIMENTOS SUBSTITUEM O GLÚTEN?
Hoje, o mercado está preparado para atender aos consumidores intolerantes ao glúten, pois existem vários estabelecimentos especializados nos produtos " GLÚTEN FREE ", desde massas, pães, doces, biscoitos, bolos e outros produtos isentos de glúten na sua composição.
- massas (macarrão, pães) de arroz, milho, quinoa
- farinha de arroz, milho, quinoa
- amido de milho
- tapioca, mandioca, sojaar
- aruta, polvilho doce e azedo
- sagu

INTOLERÂNCIA À LACTOSE
É a incapacidade parcial ou total para digerir ou metabolizar a lactose. Na maioria dos mamíferos a atividade da enzima lactase no TGI diminui após o desmame (Hipolactasia), provocando sintomas de intolerância à lactose. Os sintomas variam de acordo com a quantidade de lactose ingerida, aumentam com o decorrer da idade. Entre eles, destacamos distensão e dor abdominal, flatulência e diarreia.
A intolerância pode ser leve, moderada ou severa, a retirada parcial ou restrição total dos produtos lácteos dependerá do grau de intolerância. A exclusão total e definitiva da lactose deve ser evitada para não causar a deficiência na ingestão de cálcio, após a exclusão inicial da lactose, é recomendado uma reintrodução gradual de acordo com os sintomas de cada paciente.
QUAIS ALIMENTOS SUBSTITUEM A LACTOSE? Atualmente, já existem vários  produtos  sem lactose no mercado,  os “LACFREE”. Entre eles podemos destacar
- iogurtes, queijos e leites sem lactose
- leite de soja e derivados (tofu, iogurtes)
- leites vegetais (de arroz, castanhas, aveia, outros)
- queijos com menor teor de lactose (cheddar, mussarela de búfala, de cabra).
Atualmente, a indústria lanço vários produtos no mercado isentos e de gluten e lactose, colocando rórulos com as informações ' LACFREE" e  'NÃO CONTÉM GLÚTEN", eles contém valores nutricionais semelhantes e informações necessárias ao consumidor.


Publicação:     Rubens Fernando S Sene                                                  São Lourenço, 12/05/2017.
                   Farm/Bioq/Homeop/Fito/NutriFunc
                               CRFMG- 10828

Fontes:  - www.abran.org.br
              - www.ibnfuncional.com.br
              - www.minhavida.com.br

               
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